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01.10.2019

Oficial formula projeto que documenta forma de gestão, produtividade dos trabalhos operacionais e metas de unidade na RMC

 

A ASSOFEPAR, como um ambiente em que todos os Oficiais têm voz, independentemente do nível hierárquico, está sempre aberta a receber e divulgar exemplos de boas práticas, como o executado pelo Major Luciano Cordeiro. O Militar Estadual comandou a 2ª Cia. do 22º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento de Almirante Tamandaré e Campo Magro, entre fevereiro e dezembro de 2018, quando seguiu para litoral do Estado, por ocasião da Operação Verão 2018/1019. No litoral, exerceu a função de Oficial de Planejamento (3ªSeçao/EM-Op. Verão) e, posteriormente, Subcomandante da Operação e do 9º BPM, até o mês de agosto de 2019. 

 

“Muitas vezes a gente faz algo achando que é novidade, mas é muito provável que alguém já tenha feito no passado e não deixou registrado”. Foi com esta frase que o Major Luciano Cordeiro, que assumiu a função de Subcomandante e passou a responder pelo Comando do 22º BPM, responsável pelo policiamento da área norte da Região Metropolitana de Curitiba, começou a conversa, durante visita à sede da Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná (ASSOFEPAR).

 

“O ano passado foi um ano ímpar e gostaria de compartilhar as experiências e resultados com os companheiros de classe, bem como dar resposta à proposição inicial [RELEMBRE AQUI]. À frente de uma Companhia Destacada, com as mesmas características de funcionamento e demandas de uma Unidade Operacional, porém em menor proporção”, disse o Major Luciano. O oficial propõe, em seu relatório, as etapas para um melhor funcionamento e, consequentemente, uma gestão exitosa, que pode ser aprimorada e também devidamente experimentada por outros Oficiais e Praças que exercem a função de Comando em Unidades Operacionais Destacadas do Paraná.

 

O MODELO

 

Trata-se de um modelo de gestão, onde o Comandante do Destacamento é o verdadeiro Gestor Público, sua preocupação perpassa desde atender as diretrizes do seu Comando, até a redução dos indicadores criminais. Partindo desta premissa, absolutamente tudo que acontece no Destacamento deve ser do conhecimento do Comandante. Tudo deve passar pelo seu crivo. Para tanto, realizar um diagnóstico inicial, estabelecer metas, supervisioná-las, estudar a criminologia da sua região, capacitar e discutir com a tropa sugestões de ordem técnica e elaborar uma estratégia de ação, são passos concretos para o sucesso da missão.    

 

Inicialmente, o Major Luciano propõe que o ‘diagnóstico completo’ seja feito em um mês “para assim estabelecer metas a curto [seis meses], médio [um ano] e longo prazos [dois anos], porque falar em mais de dois anos é fora da realidade vivenciada atualmente na Corporação, salvo casos raros”.

 

A curto prazo as questões de gestão interna, por exemplo:

- Logística: viaturas (revisão e controle), aprovisionamento (gêneros alimentícios, de limpeza geral, fardamento, material administrativo), o Fundo Rotativo e os cuidados com pátio de veículos recolhidos e sua rotina remoção junto ao pátio do DETRAN;

- RH: os cuidados quanto a formatação das escalas de serviço.

 

“Passada essa fase, a leitura da Companhia ficou visível e entendível. Após essa etapa, identificar quem fica responsável por cada atividade. Para tanto, foram criadas ‘categorias’, o que facilitou e otimizou a comunicação entre as partes. Instrumentalizar as equipes e acompanhar os trabalhos são etapas fundamentais para a gestão de uma Unidade, afim de possibilitar uma continuidade do formato”, explicou o Oficial.

 

A médio prazo (até 1 ano), foram estabelecidas metas e esses planejamentos checados semana a semana, onde o Oficial via individualmente e coletivamente o que foi feito, seguindo o cronograma. “No médio prazo ficaram as questões mais estruturais, como a reforma do refeitório, a reestruturação do alojamento masculino, a criação do alojamento feminino, valorizando o humano que existe dentro da farda. Quanto às capacitações, entendemos que uma readaptação do atendimento ao público seria fundamental para o crescimento, enquanto corporação. Por intermédio de instruções específicas e periódicas aplicadas de maneira coletiva ou para pequenos grupos, foi possível direcionar o que, de fato, é importante para cada segmento. Os feedbacks aconteceram de forma coletiva e individual, inclusive sobre o novo tipo de gestão apresentada pelo Comando. Como tudo ocorreu além das expectativas, ou seja, houve uma resposta positiva da tropa, demos um grande passo no sentido de entender e atingir as metas pré-fixadas”, disse o Major.

 

A longo prazo (até 2 anos), entre outras metas foram elaboradas duas proposições, a saber:

  1. Projeto de reestruturação e ampliação da sede da Cia de Tamandaré, com espaço apropriado para atender com qualidade as atividades policiais militares;
  2. Sugerido novos padrões de atendimento em relação às demandas operacionais, com o Operador da Sala de Operações da Cia atuando como um observatório e braço direito do CPU, acompanhando o SISCOPWEB e HÉLIOS.

 

Por fim, apesar da redução de 30% do efetivo operacional da Cia, “conseguimos reduzir todos os indicadores criminais, frente aos anos anteriores. Prova de que lançar mão da teoria e aliá-la à prática é possível e dá certo, os números falam por si só”, finalizou o Major Luciano Cordeiro. 

 

Veja parte do relatório:

 

O presente “relatório de gestão anual” tem por finalidade apresentar ao Comando do 22º BPM / 6º CRPM o modelo de “gestão participativa”, a produtividade dos trabalhos operacionais e as metas alcançadas em 2018, bem como subsidiar futuras decisões. Para um melhor entendimento metodológico, este trabalho está subdividido em 5 (cinco) grandes subtemas, a saber: 1. Objetivos Estratégicos; 2. Apresentação e Produtividade por Seções/Setores; 3. Avaliação de Desempenho Individual; 4. Avaliação de Desempenho da 2ª Cia; 5. Análise de Metas; 6. Considerações Finais; Anexo A e Anexo B. E, para fins de esclarecimento, apesar da estrutura da 2ª Cia não prever uma subdivisão em Seções (p1, p2, p3, p4 e p5), entendemos que, na prática, seria a melhor solução para o entendimento e atuação dos policiais militares envolvidos. Sendo assim, para fins deste trabalho, chamaremos tais segmentos pelas respectivas abreviações.

 

Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui.

 

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